ENCHENTE 2011

Mais uma vez, Itajaí e toda região foram assoladas pela forças das águas, em um roteiro, que infelizmente, é muito conhecido no Vale do Rio Itajaí. Uma tragédia da natureza, que nenhum ser humano, pode evitar.




Casa se "amarra" a árvore na Rua José Pereira Liberato em Itajaí - região ribeirinha da cidade// Foto: Marcelo Nunes



Porém, as águas já passaram por aqui anteriormente e estar preparado para suportar os dias de caos, exigem que a sociedade e poder público estejam prontas. Na esfera pública, foi notório em 2011, que as instituições responsáveis - a Defesa Civil, sobretudo, teve atuação mais segura. Informou a população com antecedência, organizou as ações em parceria com outros orgãos como o Exército Brasileiro (em 2008, os militares chegaram a Itajaí, cinco dias depois), voluntários e demais orgãos estaduais e federais. Ainda falando no poder público, as obras de dragagem e aprofundamento do canal no Porto de Itajaí, colaboraram e muito com a vazão mais rápida, sem falar nas obras de saneamento básico que permitiram que regiões com histórico de alagamentos no Centro de Itajaí, ficassem ilesas.




E um ponto chave, na visão do blogueiro. O entendimento político. Em 2008, as picuinhas politiqueiras, trabalhos paralelos sendo desenvolvidos a margem dos oficiais, ampliaram a sensação de caos. Em 2011, não. O Prefeito de Itajaí Jandir Bellini (PP) e o Deputado Estadual Volnei Morastoni (PT), por exemplo,adversários políticos históricos, trabalharam juntos na organização da assistência, na busca de recursos junto aos governos Federal e Estadual, dando uma demonstração de civilidade, democracia e cumprindo suas marcas de campanha: tendo "Amor a Itajaí" e colocando "O ser humano em primeiro lugar". Não vou entrar no mérito eleitoral, se essa aproximação pode unir os dois, para futuras eleições, mas é fato, que tanto Bellini, quanto Morastoni, merecem parabéns pela iniciativa e pelas ações tomadas em parceria.









"Rivais" históricos: Jandir e Volnei repassam situação ao governador Colombo. Depois descontraídos, com o deputado federal Décio Lima. //Divulgação: Facebook





Quem também merece menção pra lá de honrosa, são os voluntários. Os abrigos montados pela Defesa Civil, tiveram a participação de pessoas comuns, que ajudaram na organização dos locais. A solidariedade do itajaiense, foi marcante; foi só a água começar a baixar e a cena mais vista era de casas cheias de pessoas ajudando parentes e amigos, a voltar a vida normal o mais rápido possível.

As redes sociais, cada vez mais provam sua importância. Ferramentas como Twitter, Blogs, Facebook e Orkut, informavam em tempo real, a situação dos rios e das barragens no estado, publicaram pedidos de ajuda. Com algumas exeções de aproveitadores, provavelmente ressentidos com alguma coisa, que ainda acharam espaço, naquele momento de emergência, para criticar a políticos, por exemplo. Por sorte, figuras como essas foram minoria.





Twitter. Microblog foi um canal rápido de comunicação e ajuda

A cobertura da Imprensa de nossa região, merece destaque. A RICTV Record, mesmo sendo afiliada e tendo compromissos com a geradora nacional, abriu espaço gigantesco em sua grade, principalmente no dia mais crítico das cheias e através do "Plantão RIC", colocou seu principal time de apresentadores como Graciliano Rodrigues e Joaquim Lacerda frente as câmeras até o começo da madrugada, informando sobre a situação em Itajaí e em todo estado, com contato telefônico direto com cidades importantes como Rio do Sul e Blumenau. Além disso, a emissora, também instalou um link ao vivo, na sede da Defesa Civil em Itajaí, servindo de canal direto entre os orgaõs oficiais e a população atingida.



Plantão RIC manteve população informada



A TV Brasil Esperança (TVBE), mais uma vez, fez jus ao slogan de "TV da Comunidade", e se manteve durante 65 horas, levando as condições da cidade e informações relevantes as comunidades atingidas. Apesar de alguns excessos, a programação foi importante durante o processo. Além das emissoras abertas, a ENTV na ViacaboTV, também deu sua contribuição. Sem falar nas emissoras de rádio e jornais impressos como o Diário da Cidade e o DIARINHO; todos os veículos tiveram profissionais afetados em suas casas pelas cheias, que passaram noites, com pouquíssimas horas de sono, tudo para cumprir a missão social do Jornalismo de informar e auxiliar a população em um momento tão complicado.

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